“Todos os anos morrem quatro mil
portugueses, vítimas da poluição atmosférica. O alerta vem de um estudo da
Comissão Europeia, que estima em mais de 300 mil o número de europeus que
morrem prematuramente por ano, devido à má qualidade do ar que respiram. Portugal
ocupa a 13.ª posição no ranking dos países da UE onde a situação é mais
preocupante.
Segundo o relatório apresentado esta
semana, a poluição é também responsável pela redução da esperança média de vida
dos residentes dos estados-membros em cerca de nove meses. Os especialistas
calculam ainda que essa mesma poluição obrigue todos os anos cada trabalhador
da UE a ficar meio dia em casa, por baixa médica. Gastos em saúde que custam
aos países cerca de 80 biliões de euros.
Na origem de 288 mil mortes prematuras
está a inalação de partículas que resultam da queima de combustíveis fósseis.
Mas não só. De acordo com o estudo, também os índices de concentração do ozono
ao nível do solo contribuem para o problema, tirando a vida a 21 400 pessoas,
todos os anos.
O país mais afectado pela poluição
atmosférica é a Alemanha, onde morrem anualmente 65 088 pessoas devido ao
problema. Seguem-se a Itália, com 39 436 vítimas mortais, e a França, com 36
868.
Doenças. Também o Programa das Nações Unidas
para o Ambiente (PNUA) está preocupado com o modo como os problemas ambientais
podem influenciar o aparecimento de doenças infecciosas. Na 23ª reunião do
PNUA, que decorre até sexta-feira em Nairobi, a capital do Quénia, os
especialistas alertam para o facto de a desflorestação, a expansão das cidades,
a destruição de habitats naturais ou a poluição das águas estarem a criar
condições para o desenvolvimento de novas patologias ou para o regresso de
outras, já dadas como extintas.”
(Prof.ª Lúcia
Cunha)
Fonte de
pesquisa: http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=610504
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